Conta-me dos teus dedos as texturas que foram e quantos corações amassaram
As gotas de água que bebeste e tudo o que não disseste,
Conta-me do que não vi e de tudo o que não me lembro
E se algum dia a minha memória se desvanecer, lembra-me o meu sorriso no teu.
Conta-me dos mares e desertos áridos que atravessaste, trapos que usaste para cá chegar
Mesmo que tenhas vindo do outro lado da estrada.
Conta-me os sonhos de vidro que se estilhaçaram e as promessas que te quebraram
No aeroporto, ou no banco da estacão.
Conta-me os detalhes ínfimos, irrelevantes que tu tão bem sabes descrever
Conta e mente se for preciso, sobre o tempo lá fora,
Dizendo que a vida sem mim, sem sol; demora.
Visita-me no futuro; e nos vestígios do passado procura o verso final,
Não me contes nada numa linguagem complicada com sabor a falso
Contento-me com o que me contas entre gemidos e abraços.
Conta-me da minha loucura e intolerância que te parece escapar
E pergunta quem me roubou a razão.
Conta e reinventa histórias comigo, mata a rotina e diz adeus ao impossível.
Ouve as mesmas músicas de sempre e finge que é a primeira vez.
Mas não me peças para dizer como, quando nem porquê…Só quero que me contes pois preciso de saber.
25/01/10
2 comentários:
cada dia que passa, mais percebo que nasceste para isto. continua meu amor, you are on the right track =)
obrigada chiquinho <3
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